sexta-feira, 8 de abril de 2011

Samuel H. Cox (1793-1880): Um Diálogo entre um Defensor da Expiação Limitada e um Defensor da Expiação Ilimitada¹


Um teólogo muito respeitável de simpatia restritiva, recentemente conversando sobre este tema com o escritor, ocasionou o seguinte diálogo, dado em forma abreviada substancialmente como ocorreu na presença de vários outros homens do clero.

Nota do blog: O defensor da expiação limitada é chamado de “restricionista” e o defensor da expiação ilimitada é chamado de “plenista”. Termos utilizados na época



Restricionista. Os senhores do plano de expiação plena, erram, na minha opinião, principalmente porque vocês compreendem mal ou muito pouco a ciência da interpretação.

Plenista. Isso é estranho. Os teólogos do nosso caminho parecem ter sido os maiores e mais ilustres nesse departamento, tanto aqui como na Europa. Olhe para Barnes, Stuart, Dwight, e a maioria dos teólogos da Nova Inglaterra. Olhe para Jay, Raffles, Morison, Wardlaw, Newton, Fuller, Hall, e em épocas passadas, Doddridge, Watts, Howe, Baxter, e outros tantos que voltam para Calvino!

R. Ah! Você não entendeu eles, assim como faz com a Bíblia. Expressões gerais como o mundo, cada homem, todos os homens, e assim por diante, não devem ser tomadas literalmente todas as vezes.

P. Nem são elas restritas em todos os casos. Deus amou o mundo...

R. Sim, o mundo eleito.

P. Bem, "que deu o seu Filho unigênito [do mundo eleito] -

R. Certo, você está melhorando agora como intérprete.

P. Deixe-me ver, “para que todo aquele [do mundo eleito] que nele crê” - mas, onde estão os outros do mundo eleito? Os eleitos infiéis - eles são salvos em infidelidade pelos poderes da eleição? Ou como? “Todo aquele que” é um partitivo, e implica todos de uma classe como distintos desses da outra. Todos aqueles dos eleitos?

R. Ah! senhor, você é muito extremo em suas opiniões .-

P. Vamos então para Calvino. Ele diz que "Cristo sofreu pelos pecados do mundo todo”

R. Sim - dos eleitos.-

P. “E pela benignidade de Deus, ele é oferecido indistintamente a todos os homens”

R. “Isto é, para todos os eleitos”

P. Vamos ver, as palavras seguintes são: "todos os homens, no entanto, não o apreendem". Se isso significa que "todos os eleitos" não o apreeendem, a proposição é claramente falsa, como nós dois acreditamos. Devo dizer, meu irmão, que você parece poder acusar os outros de defeitos na ciência da interpretação. É claro que tanto a Bíblia como Calvino estão contra você, enquanto você restringe ambos em seu esquema impraticável, por um caminho que eu não poderia chamar de um exemplo da ciência da interpretação.

Samuel Hanson Cox, “Introductory Chapter,” in Christ the Only Sacrifice or Atonement in its Relations to God and Man, Nathan S. S. Beman (New York: Published by Mark H. Newman, 1844), 16-27. 

Notas:

1. Título adicionado.

Fonte:  http://calvinandcalvinism.com/?p=10220

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