terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Confissão de Fé de Westminster: Todos os Homens Sujeitos à Ira de Deus

Confissão

6:6. Todo o pecado, tanto o original como o atual, sendo transgressão da justa lei de Deus e a ela contrária, torna, pela sua própria natureza, culpado o pecador e por essa culpa está ele sujeito à ira de Deus e à maldição da lei e, portanto, sujeito à morte com todas as misérias espirituais, temporais e eternas.

Ref. I Jo 3:4; Rm 2: 15;3:9,19; Ef 2:3; Gl 3:10; Rm 6:23; Ef 6:18; Lm 3:39; Mt 25:41; II Ts 1:9.

20:1 A liberdade que Cristo, sob o Evangelho, comprou para os crentes consiste em serem eles libertos da culpa do pecado, da ira condenatória de Deus, da maldição da lei moral; em serem libertos do poder deste mundo, do cativeiro de Satanás, do domínio do pecado, da nocividade das aflições, do aguilhão da morte, da vitória da sepultura e da condenação eterna; como também em terem eles livre acesso a Deus, em lhe prestarem obediência, não movidos de um medo servil, mas de amor filial e de espírito voluntário. Todos estes privilégios eram comuns também aos crentes sob a lei; mas sob o Novo Testamento, a liberdade dos cristãos está mais ampliada, achando-se eles livres do jugo da lei cerimonial a que estava sujeita a Igreja Judaica, e tendo mais ousadia no acesso ao trono da graça e mais plenas comunicações do gracioso Espírito
de Deus, do que ordinariamente alcançavam os crentes sob a lei.

Ref. Tt 2:14; I Ts 1:10; Gl 3:13; Rm 8:1; Gl 1:4; At 26:18; Rm 6:14; I Jo 1:7; Sl 119:71; Rm 8:28; I Co 15:54-57; Rm 5:1,2; Ef 2:18;3:12; Hb 10:19; Rm 8:14,15; Gl 6:6; I Jo 5:18; Gl 3:9,14;5:1; At 15:10; Hb 4:14,16;10:19-22; Jo 7:38,39; Rm 5:5.


Breve Catecismo


PERGUNTA 19. Qual é a miséria do estado em que o homem caiu?

R. Todo o gênero humano pela sua queda perdeu comunhão com Deus, está debaixo da sua ira e maldição, e assim sujeito a todas as misérias nesta vida, à morte e às penas do Inferno para sempre.

Ref. Gn 3.8, 24; Ef 2.3; Rm 6.23; Mt 25.41-46.

PERGUNTA 84. Que merece cada pecado?

R. Cada pecado merece a ira e a maldição de Deus, tanto nesta vida como na vindoura.

Ref. Gl 3.10; Tg 2.10; Mt 25.41.

PERGUNTA 85. Que exige Deus de nós para que possamos escapar a sua ira e maldição em que temos incorrido pelo pecado?

R. Para escaparmos à ira e maldição de Deus, em que temos incorrido pelo pecado, Deus exige de nós fé em Jesus Cristo e arrependimento para a vida, com o uso diligente de todos os meios exteriores pelos quais Cristo nos comunica as bênçãos da redenção.

Ref. At 20.21; 2Pe 1.10; Hb 2.3; 1Tm 4.16.


Catecismo Maior


27. Qual é a miséria que a queda trouxe sobre o gênero humano?

A queda trouxe sobre o gênero humano a perda da comunhão com Deus, o seu desagrado e maldição; de modo que somos por natureza filhos da ira, escravos de Satanás e justamente expostos a todas as punições, neste mundo e no vindouro.

Gen. 3:8, 24; Ef. 2:2-3; 11 Tim. 2:26; Luc. 11:21-22; Heb. 2:14; Lam. 3:39; Rom. 6:23; Mat. 25:41, 46.

28. Quais são as punições do pecado neste mundo?

As punições do pecado neste mundo são: ou interiores, como cegueira do entendimento, sentimentos depravados, fortes ilusões, dureza de coração, remorso na consciência e afetos baixos; ou exteriores como a maldição de Deus sobre as criaturas por nossa causa e todos os outros males que caem sobre nós em nossos corpos, nossos bens, relações e empregos -juntamente com a morte.

Ef. 4:18; Rom, 1:28; 11 Tess. 2:11; Rom. 2:5; Isa. 33:14; Rom. 1:26; Gen. 3:17; Deut. 28:15; Rom. 6:21, 23.

77. Em que difere a justificação da santificação?

Ainda que a santificação seja inseparavelmente unida com a justificação, contudo elas diferem nisto: na justificação Deus imputa a justiça de Cristo, e na santificação o seu Espírito infunde a graça e dá forças para a exercer. Na justificação o pecado é perdoado, na santificação ele é subjugado; aquela liberta a todos os crentes igualmente da ira vingadora de Deus, e isto perfeitamente nesta vida, de modo que eles nunca mais caem na condenação; esta não é igual em todos os crentes e nesta vida não é perfeita em crente algum, mas vai crescendo para a perfeição.

I Cor. 6:11, e 1:30; Rom. 4:6, 8; Eze. 36:27; Rom. 6:6, 14, e 8:1, 33-34; Heb. 5:12-14; 1 João 1:8, 10; 11 Cor. 7:1: Fil. 3:12-14.

96. De que utilidade especial é a lei moral, aos homens não regenerados?

A lei moral é de utilidade aos homens não regenerados para despertar as suas consciências a fim de fugirem da ira vindoura e forçá-los a recorrer a Cristo; ou para deixá-los inescusáveis e sob a maldição do pecado, se continuarem nesse estado e caminho.

I Tim. 1:9-10; Gal. 3:10, 24; 1:20,

152.  O que cada pecado merece da parte de Deus?

Todo pecado, até o menor, sendo contra a soberania, bondade e santidade de Deus, e contra a sua justa lei,  merece sua ira e maldição, nessa vida e na vindoura, e não pode ser expiado, senão pelo sangue de Cristo.

153. Que exige Deus de nós para que possamos escapar à sua ira e maldição, em que incorremos pela transgressão da lei?

Para escaparmos à ira e maldição de Deus, em que incorremos pela transgressão da lei, ele exige de nós o arrependimento para com Deus, a fé em nosso Senhor Jesus Cristo e o uso diligente de todos os meios exteriores pelos quais Cristo nos comunica os benefícios de sua mediação.
At 20:21; Mc 1:15; Jo 3:18. Vejam-se os textos citados sob a questão 154.

Indicado por http://calvinandcalvinism.com/?p=9100

Nota:  Essa postagem faz parte de uma seção criada devido a muitos calvinistas serem relutantes a aceitar que eleitos ainda na incredulidade estão realmente debaixo da ira, maldição ou ódio de Deus.   A principal causa para essa hesitação é seu compromisso com a visão de John Owen sobre Duplo Pagamento.  Por outro lado, muitos hipercalvinistas não aceitam que o eleito ainda em incredulidade está debaixo de ira, maldição ou ódio de Deus, devido ao seu compromisso com a justificação eterna e idéias relacionadas, ou porque eles imaginam que é impossível para Deus ser contrário a quem ele é de outra forma favorável.  O racionalismo é que Deus não pode expressar real ira ou ódio em relação àqueles a quem ama.  James White pode ser citado como um exemplo dessa negação.   Em seu debate com Eric Svendsen ele diz: “Assim, quando falamos do eleito não-regenerado como um "filho da ira", estamos falando de forma descritiva, e confessando que ele viveu, agiu e pensou como todas as outras pessoas que também estavam mortas espiritualmente.”