Portanto, não deve ser dito, que aquilo que é tão claro por si mesmo [que Cristo morreu por todos] deva ser explicado a partir de uma concepção extravagante e rígida da Secreta Predestinação, mas nós, antes, interpretamos aquilo que é Secreto por algo que é claro em si;Porque assim pode ser verdadeiramente coerente com aquilo que foi transmitido adequadamente suficiente das Escolas, que Cristo morreu por Todos suficientemente; para os eleitos e fiéis eficazmente. Eles não corromperam seu significado para a seguinte hipótese: "A Morte de Cristo teria sido suficiente por todos, se Deus e Cristo tivessem tal intenção".
John Overall, “The Opinion of the Church of England Concerning Predestination,” in A Defence of the Thirty Nine Articles of the Church of England by John Ellis (London: Printed for H. Bonwicke, T. Goodwin, M. Wotton, S. Manship, and B. Tooke, 1700), 133-134. [Original italics removed; italics mine; and underlining mine.]
Notas:
1) O assunto aqui é a teologia por trás da clássica fórmula Lombardiana eficiente-suficiente.
2) Overall estabeleceu o próprio ponto que, para alguns, a secreta vontade se tornou o fundamento e base a partir da qual a nossa compreensão da predestinação de Deus é mediada e compreendida. De forma contrária, Overall deseja que seus leitores situem os fundamentos de nosso conhecimento da predestinação de Deus (e do plano da salvação, por implicação) na vontade revelada. A revelação deve mediar o nosso conhecimento da secreta vontade, e não o contrário. Não se pode negar que todas as especulações lapsarianas invertem completamente a ordem natural da Bíblia e do espírito original dos primeiros reformadores neste ponto.
4)Mais importante ainda, Overall corretamente observa que a revisão da fórmula converte uma real suficiência em uma vazia suficiência hipotética. Novamente, essa percepção de Overall é o mais antigo exemplo dessa crítica que temos sido capazes de documentar até agora.
Fonte: http://calvinandcalvinism.com/?p=8699
Tradução: Emerson Campos Pinheiro.
