sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Norman Douty: João 4:42

Em Jo 4.42 os samaritanos disseram à mulher com quem Jesus tinha conversado no poço de Sicar: “Já não é pelo teu dito que nós cremos; porque nós mesmos o temos ouvido, e sabemos que este é verdadeiramente o Cristo, o Salvador do mundo.” João depois declarou que “o Pai enviou seu Filho para Salvador do mundo” (1Jo 4.14). Devemos dizer que o termo “mundo” nestes textos significa “o mundo dos eleitos,” porque é somente essa parte do mundo que é verdadeiramente salva; ou, que o termo significa o mundo todo dos homens por quem o Pai enviou Seu Filho, para fornecer salvação a todos, se eles se beneficiarem de Sua graça salvadora ou não? É certo que quando os samaritanos chamaram Jesus “o Salvador do mundo,” eles não queriam dizer “o mundo dos eleitos.” Não é óbvio que, quando João mais tarde empregou o mesmo título, ele não impõs um significado especial nele?

É também certo que quando Cristo, usando uma expressão similar, disse, “Eu sou a luz do mundo” (Jo 8.12; 9.5), Ele não queria dizer “o mundo dos eleitos,” como qualquer um pode vir a saber comparando os cap. 1.1-9; 3.19 e 12.46. O sol nos céus brilha sobre todos os homens, ainda que alguns, em sua insensatez, possam escolher recolher-se em cavernas escuras para fugir de seus raios iluminadores. Como a Luz do mundo, o Filho de Deus visava o bem salvífico de todos os homens, como o batista em seu ministério também visava (cap. 1.7). Em ambos os casos, a maior parte dos ouvintes se exclui do bem que lhe foi oferecido. É certo que quando Cristo chamou Seus discípulos “a luz do mundo” (Mt 5.14), Ele não queria dizer “a luz dos eleitos.” Concluímos, então, que “o Salvador do mundo” não significa “o Salvador dos eleitos.”

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